| Foto: Reuters

O ex-prestador de serviços de espionagem para os Estados Unidos Edward Snowden manifestou apoio a uma campanha por um acordo internacional sobre direitos de privacidade, que seja contra a vigilância inadequada e a favor da proteção a delatores, num momento em que afirma haver mais países ampliando suas capacidades de espionagem.

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Através de uma vídeo conferência a partir da Rússia, país que o concedeu asilo em 2013 depois de ele ter vazado detalhes sobre programas de vigilância em massa dos EUA, Snowden disse que a espionagem em massa é um problema global que precisa de uma resposta global.

“Temos que ter uma discussão, precisamos tomar a iniciativa com propostas, em direção a ‘como afirmamos quais são nossos direitos, tradicionalmente e digitalmente, e garantir que possamos não apenas desfrutá-los, mas que possamos protegê-los”, disse Snowden.

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Às vésperas da Assembleia-Geral das Nações Unidas, Snowden, o grupo de promoção de campanhas Avaaz, o jornalista Glenn Greenwald – que recebeu os documentos vazados por Snowden – e seu companheiro, David Miranda, lançaram a campanha que chamaram “Tratado Snowden”.

“Vemos que os governos de muitos países ao redor do mundo estão agressivamente pressionando por mais poder”, disse Snowden, citando entre eles Austrália, Canadá, Grã-Bretanha e França.

“Em todos os casos, essas propostas de políticas que funcionam contra o público estão sendo apresentadas como programas de segurança pública”, afirmou Snowden.

Snowden reconheceu que a campanha por um tratado deve levar anos.

Miranda disse que o esboço de um possível tratado, desenvolvido por especialistas jurídicos internacionais em segurança na Internet e vigilância, foi compartilhado com alguns países, mas não quis revelar quais. 

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