Obama discursa em Washington: presidente enfrenta queda de aprovação| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

Além da desaprovação, Barack Obama enfrenta agora também a descrença dos norte-americanos. Uma pesquisa divulgada ontem aponta que apenas 37% dos eleitores acreditam na reeleição do presidente, cuja reprovação, como anunciado em setembro, superou pela primeira vez a marca de 50%.

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Segundo a sondagem realizada pelo jornal Washington Post e a rede ABC, 55% dos americanos acreditam num triunfo republicano em novembro de 2012. Entre os eleitores republicanos, a confiança na vitória chega a 83%, mesmo sem terem ainda um candidato definido. A cifra é ainda mais alta se considerados apenas os partidários do movimento conservador Tea Party: 91%.

Entre os democratas, a confiança na reeleição de Obama cresce, mas fica ainda longe na comparação com os republicanos: menos de 60% dos eleitores do partido dizem crer na vitória no ano que vem. A pesquisa foi feita entre 29 de setembro e 2 de outubro, e os resultados têm margem de erro de 4% – para mais e para menos.

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Nova estratégia

Ciente de que a missão em 2012 não será fácil, Obama já começa a pensar em alternativas. Com um apoio bem menor entre a classe operária do que entre os eleitores mais ricos, o presidente está planejando uma rota alternativa para sua reeleição caso não consiga vencer em Ohio e outros estados industriais tradicionalmente essenciais para as vitórias democratas presidenciais.

Obama está brigando, sem conseguir ganhar terreno, pelos estados do sul e de Rocky Mountain – alguns dos quais ele venceu em 2008 – na tentativa de reunir os 270 votos eleitorais necessários. Ele quer provar que estas vitórias em antigos territórios republicanos não foram acasos, mas o início de uma tendência que tornará os democratas competitivos por anos nestas localidades.

"Existem muitas maneiras de conseguirmos os 270, e não apenas pelo mapa tradicional", afirmou David Axelrod, chefe da estratégia de campanha de O­­bama. " É por isso que estamos lançando bases por todo o país para competir no campo mais amplo possível no ano que vem."

Embora os índices de popularidade de Obama tenham atingido o pior patamar, à medida que a taxa de desemprego permanece alta, democratas têm sido encorajados por mudanças demográficas em antigos estados republicanos como o Colorado – onde democratas ganharam uma acirrada disputa para o Senado em 2010 –, Virgínia e Carolina do Norte.

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Com o crescimento nas cidades e subúrbios, tem aumentado também o número de eleitores escolarizados, com maior renda, jovens, hispânicos e negros, muitos deles contrários à agenda do radical Tea Party.