Apenas duas de um total de 102 crianças imigrantes com menos de cinco anos, separadas dos pais na fronteira dos EUA, haviam sido reunidas às famílias até a tarde desta segunda-feira (9), informaram representantes do governo americano à Justiça.
Nesta terça (10), vence o prazo estabelecido por um juiz federal da Califórnia para que todos os menores imigrantes de até cinco anos, acolhidos em abrigos mantidos pelo governo, sejam reunidos aos pais.
Mas a administração de Donald Trump pediu mais tempo, argumentando que há dificuldades logísticas e que é preciso garantir a segurança das crianças.
Nossas convicções: A dignidade da pessoa humana
Em audiência nesta segunda, o governo informou que deve conseguir reunir apenas 54 crianças aos pais até esta terça. É pouco mais da metade dos menores com até cinco anos.
"Eu estou satisfeito e desapontado ao mesmo tempo", declarou o advogado Lee Gelernt, da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), que moveu a ação contra o governo.
Nossas convicções: O valor da família
A principal dificuldade está em localizar os pais e conseguir locais para manter as famílias em segurança. A administração estuda usar bases militares para abrigar os imigrantes, enquanto eles aguardam o desfecho de seus casos na justiça.
A possibilidade de liberar as famílias com seus filhos em território americano não é descartada, em função da falta de espaço nos centros de imigração.
Nossas convicções: O que é o princípio da proporcionalidade
A advogada Sarah Fabian, que representou o governo, disse também que há casos de pais deportados, e um caso em que os pais da criança ainda não foram localizados.
O prazo final para que todas as crianças sejam entregues às famílias é o dia 26 de julho. No total, cerca de 2.000 menores foram separados dos pais ao atravessarem ilegalmente a fronteira dos EUA, em função da política de tolerância zero contra a imigração ilegal, anunciada em abril.
Nossas convicções: A finalidade do Estado e do governo
O juiz Dana Sabraw pediu que o governo apresente um relatório até a manhã desta terça, informando os procedimentos que estão sendo tomados e quantas crianças foram entregues à guarda dos pais.
Só então é que ele decidirá se estende ou não o prazo.
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