A 5ª Cúpula das Américas terminou no domingo (19) com uma curiosa solução diplomática para a falta de unanimidade sobre o documento final. Os chefes de Estado presentes passaram ao primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning, a atribuição de assinar a Declaração de Compromisso de Port of Spain. Nos debates de ontem a Venezuela e seus aliados da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) concordaram com essa solução, que deixou latente os conflitos em torno de Cuba e da crise econômica global.

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Com essa iniciativa, os 34 líderes evitaram que, pela primeira vez, a Cúpula das Américas fosse encerrada sem a divulgação de um texto de consenso - ato que marcaria a desintegração desse fórum de diálogo entre latino-americanos e caribenhos, de um lado, e EUA e Canadá, de outro. Nem mesmo na cúpula anterior, em Mar del Plata, na Argentina, a decisão de acabar com as negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) impediu a assinatura de um documento final.

Em entrevista à imprensa, ao final do encontro, Manning disse que houve "consenso" sobre a aprovação da declaração - de caráter insosso e centrado em questões sociais, de energia e de meio ambiente. Segundo ele, porém, não se alcançou "unanimidade" sobre seu conteúdo durante a cúpula, que se estendeu por quase três dias. A foto oficial que marcaria o final do encontro estampou a falta de sintonia entre os 34 países. Os chefes de Estado chegaram, um a um, à escadaria do Centro Diplomático.

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