Enquanto Hillary Clinton e Bernie Sanders continuam numa acirrada disputa pela nomeação democrata – na terça-feira (17), cada um venceu em um estado – Donald Trump começa a avançar nas pesquisas. Embora a ex-secretária de Estado siga favorita pela nomeação, o republicano parece estar conseguindo unir o partido em torno de seu nome e conquistando apoios relevantes entre os eleitores. Na quarta (18), uma pesquisa da FoxNews mostrou Trump três pontos percentuais à frente da democrata – algo que não ocorria nas sondagens desde janeiro. Na semana passada, a Ipsos/Reuters já havia registrado forte queda da vantagem de Hillary. E a mais recente sondagem da NBC News/SurveyMonkey deu 48% para a democrata e 45% para o republicano. Há uma semana, ela vencia por cinco pontos.
O levantamento da NBC mostra dados preocupantes para Hillary e os democratas: ela registrou queda de três pontos entre o eleitorado feminino (segue apoiada por 53% do grupo), enquanto Trump conseguiu avançar um ponto e chegar aos 38%. Este grupo e os negros – que continuam fiéis, com 84% afirmando que vão votar em Hillary, contra apenas 9% em Trump – são as maiores forças da democrata. Este apoio é maior até que entre os latinos – parte deles se sentiu ofendida com declarações do bilionário – grupo em que a ex-primeira-dama tem 65% dos votos, contra 28% para o republicano. A força de Trump está entre os brancos (que o preferem por 53% contra 39% de Hillary) e entre os eleitores que se consideram independentes, grupo em que vence a democrata por oito pontos de vantagem (44% a 36%) e que pode ser fundamental para a vitória nas eleições de novembro.
Mas para chegar à Casa Branca é preciso vencer no Colégio Eleitoral, ou seja, na eleição indireta, em que cada estado tem um certo número de votos. Neste ponto, diversos levantamentos dão uma vantagem mais clara para Hillary, que teria mais apoio de estados pendulares (swing states), considerados importantes por não terem um perfil definido e darem vitórias tanto a democratas como a republicanos em eleições diferentes. Mas, na semana passada, outra pesquisa indicou apenas uma pequena vantagem para ela na Flórida e na Pensilvânia, enquanto Trump aparecia na frente em Ohio – todos com pequenas margens de vantagem, o que poderia ser considerado empate.
Estas pesquisas devem elevar a pressão no Partido Democrata. Na terça-feira, Hillary venceu por menos de dois mil votos no Kentucky – entre mais de 400 mil eleitores – o suficiente para que ela pregasse a união do partido em torno de si ao interromper uma sequência de duas semanas de vitórias de Sanders. No entanto, o senador também venceu, na mesma noite, no Oregon, por 12 pontos de vantagem.
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