O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou nesta segunda-feira (18) que vai abandonar sua missão humanitária na Nicarágua, após um pedido direto da ditadura de Daniel Ortega.
Desde 2018, a Cruz Vermelha está na Nicarágua, onde sua missão se concentrou exclusivamente em objetivos humanitários, conforme disse a instituição por meio de um comunicado.
Em janeiro de 2019, o CICV estabeleceu seu escritório na capital nicaraguense, Manágua, e dois meses depois formalizou um acordo com a ditadura nicaraguense para visitar pessoas detidas.
O CICV argumentou que suas ações na Nicarágua se concentraram em três áreas principais de trabalho: apoiar a Cruz Vermelha para oferecer serviços de restauração de vínculos familiares e fortalecer seu trabalho humanitário em favor das pessoas mais vulneráveis; prevenir e abordar as consequências humanitárias da privação de liberdade; e atividades de treinamento sobre o direito humanitário internacional, a estrutura jurídica aplicável a tarefas que envolvem forças armadas e de segurança e o direito internacional dos direitos humanos.
"Como faz em mais de 80 países, o trabalho do CICV tem finalidade exclusivamente humanitária e adere estritamente aos princípios de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência", enfatizou a instituição.
A Cruz Vermelha também garantiu que continuará a trabalhar por um ambiente que respeite a vida e a dignidade humana por meio de "ação direta e diálogo bilateral e confidencial com as autoridades, pessoas afetadas pelas consequências humanitárias", entre outros interlocutores. A instituição também enfatizou sua disposição de retomar o trabalho humanitário no país. (Com Agência EFE)
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura