O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, revelou ontem sua declaração de imposto de renda de 2011, cumprindo a promessa feita no início do ano e tentando aplacar suspeitas de sonegação levantadas pela campanha democrata.
Romney, que tem estimados US$ 250 milhões, pagou no último ano US$ 1,95 milhão sobre uma renda anual de US$ 13,7 milhões (R$ 3,9 milhões sobre R$ 27,7 milhões em 2010), informa sua campanha. O valor equivale a uma alíquota de 14,1%.
O presidente Barack Obama, que divulgara antes sua declaração, pagou alíquota de 19% sobre US$ 844,5 mil, totalizando US$ 162 mil de impostos.
Segundo a empresa de auditoria Pricewaterhouse Coopers, Romney contribuiu com mais do que a lei exige ele não deduziu US$ 1,75 milhão dados a instituições de caridade, de um total de US$ 4 milhões doados.
Romney, que vem sendo pressionado pela oposição e até por colunistas conservadores, divulgou ainda um "resumo" das declarações entre 1990 e 2009.
O dossiê inclui uma carta de contadores que inspecionaram os impostos do republicano durante os últimos 20 anos, e a campanha afirma que a alíquota média aplicada pelo candidato no período foi de 20,2.
A maior parte da renda dos Romney em 2011 veio de investimentos, sobre os quais a tabela tributária americana aplica uma alíquota mais baixa (normalmente, de até 15%) do que sobre salários (que pode chegar a 35%).
As críticas a Romney aumentaram após vir à tona que ele aplicava parte de seu dinheiro e o de suas empresas de investimentos em paraísos fiscais. A campanha negou que houvesse sonegação.