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Tragédia

Sobe para 113 número de mortos em incêndio em casa noturna russa

Familiares e amigos das vítimas de um incêndio em uma casa noturna na Rússia começaram nesta segunda-feira a sepultar os mortos no incidente ocorrido no fim da semana passada.

Também nesta segunda-feira, o Ministério de Situações Emergenciais da Rússia confirmou o falecimento de mais uma pessoa, elevando a 113 a cifra de mortos na tragédia da noite de sexta-feira em Perm, uma cidade de aproximadamente 1 milhão de habitantes nos Montes Urais.

O sepultamento das vítimas começa em meio a temores de que o número de mortos possa aumentar ainda mais. De acordo com informações do Ministério da Saúde, dos 130 sobreviventes hospitalizados, 68 ainda respiram por aparelhos três dias depois da tragédia.

O incêndio aparentemente começou com uma exibição de queima de fogos no interior da casa noturna . As chamas se espalharam rapidamente e o fato de o local ter apenas uma saída pode ter contribuído para o alto número de vítimas, segundo investigadores.

O proprietário da discoteca Lame Horse, o gerente do local, o diretor de entretenimento e o diretor da empresa de fogos de artifício, estão presos desde sábado.

A morte confirmada hoje pelo Ministério de Situações Emergenciais foi de uma mulher. Ela não resistiu às queimaduras sofridas na sexta-feira.

"Esta é uma tragédia para todo o país. Mais de uma centena de jovens morreram. Eles são parte da nossa geração", disse o moscovita Sergei Novikov.

Em Perm, muitos residentes tocaram as buzinas de seus carros. Outras pessoas foram para um parque localizado em frente à casa noturna para depositar flores.

Em cemitérios cobertos pela neve, parentes e amigos participavam dos enterros realizados em temperaturas que chegaram a -15ºC.

O sócio da casa noturna e dois de seus funcionários podem pegar até sete anos de prisão caso sejam condenados. Eles são acusados de violar as regras de segurança que levaram à morte de mais de duas pessoas, segundo um comunicado do Comitê de Investigação da Procuradoria Geral. O diretor da empresa de fogos de artifício pode pegar três anos de pena se for condenado por acusações menores.

A maioria dos mortos foi vítima de queimaduras e de inalação de gás, disseram funcionários, embora algumas tenham sido pisoteadas quando as pessoas tentavam sair por meio da única saída da casa noturna.

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