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Terror na Índia

Sobe para 125 total de mortos por atentados em Mumbai

 | Rupak De Chowdhur/Reuters
(Foto: Rupak De Chowdhur/Reuters)
Veja onde fica Mumbai |

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Veja onde fica Mumbai

O número de mortos aumentou para 125 nos ataques simultâneos em pelo menos sete pontos distintos em Mumbai, principal centro financeiro da Índia, na noite de quarta-feira. A informação foi dada pelo Ministério do Interior nesta quinta-feira (27).

Segundo o ministério, entre os mortos estão, pelo menos, seis estrangeiros. Um deles é um britânico, segundo o governo do Reino Unido.

Há ainda 327 pessoas feridas, sendo 26 policiais, 294 indianos e sete estrangeiros. Devido ao fato de o ataque acontecer em diversos pontos, os números ainda não são totalmente definitivos. Há ainda reféns sob poder de atiradores.

Um grupo islâmico quase desconhecido, chamado Deccan Mujahideen, assumiu a autoria dos ataques em e-mail enviado à imprensa, segundo a TV local.

Dois brasileiros, que estão em Mumbai, contaram que tiveram que ficar 'presos' no hotel e em casa para evitar serem alvos dos terroristas.

Nesta quinta-feira, a polícia indiana vem fazendo uma operação em dois hotéis de luxo de Mumbai para libertar reféns que estão em poder de seqüestradores. Os crimonosos são responsáveis pela série de ataques.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse nesta quinta que os ataques foram planejados e que, provavelmente, tinham 'ligações externas'. "Foi um ataque bem planejado e orquestrado, provavelmente com ligações exteriores, que pretendem implantar o terror."

As autoridades decretaram alerta nacional, e o governo da Índia, encabeçado por Manmohan Singh, convocou reunião de gabinete para estudar a situação.

O chefe de governo regional, Vilasrao Deshmukh, reconheceu que a situação "é grave". Diante desse quadro de impasse, ele impôs toque de recolher na região central de Mumbai e deu folga para os funcionários públicos. Universidades, escolas e a Bolsa de Valores estão fechadas.

Como aconteceu

Segundo a polícia, tratou-se de uma série coordenada de ataques terroristas, realizados por homens fortemente armados, que tinham como alvos turistas ocidentais.

Vilasrao Deshmukh, ministro-chefe do estado de Maharashtra, do qual Mumbai é capital, disse que a situação ainda não está sob controle na cidade. Segundo ele, 11 policiais morreram nos combates.

Ao menos sete pontos do sul da cidade, alguns deles turísticos, foram alvos dos atiradores: entre eles, uma estação de trem (Chhatrapati Shivaji Terminus), dois hotéis de luxo (Taj Mahal e Oberoi) e um restaurante (Leopold), todos freqüentados por turistas estrangeiros. Um quartel da polícia também foi atacado.

De acordo com outro chefe da polícia local, A.N. Roy, os atiradores usaram rifles automáticos e granadas nos ataques.

Segundo testemunhas, os agressores, homens com idades entre 20 e 25 anos, perguntavam às vítimas se elas tinham passaportes britânicos ou norte-americanos.

Repercussão

A Casa Branca também criticou os atentados e lamentou a "perda de vidas inocentes" que resultou deles. O governo americano disse que reuniu funcionários de contraterrorismo, inteligência e defesa para avaliar os ataques e oferecer ajuda à Índia.

Segundo um porta-voz, o presidente George W. Bush estava sendo mantido informado sobre a situação e sobre a suposta "situação de reféns".

O Departamento de Estado dos EUA, por meio de seu porta-voz Robert Wood, condenou fortemente os ataques e disse que não havia informações sobre vítimas norte-americanas.

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, condenou os atentados e disse que os EUA e a Índia devem trabalhar em conjunto para combater as redes terroristas.

"Estes ataques coordenados a civis inocentes demonstram como é grave e urgente a ameaça do terrorismo. Os Estados Unidos devem continuar a fortalecer as parcerias com a Índia e com as nações ao redor do mundo para cortar pela raiz e destruir as redes terroristas", disse o porta-voz de Segurança Nacional de Obama, Brooke Anderson.

A Eurocâmara informou que nenhum dos deputados da União Européia que estavam em missão na cidade se feriu. De acordo com porta-voz do parlamento, eles estavam em um restaurante no momento dos ataques.

O eurodeputado espanhol Ignasi Guardans disse à agência EFE que ele estava retido no restaurante e não podia sair por "razões de segurança".

A Índia registrou vários atentados a bomba nos últimos anos. Embora a maioria dos atentados tenha sido creditada a militantes islâmicos, a polícia também prendeu extremistas hinduístas suspeitos em alguns casos.

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