O número de mortos devido ao tiroteio em uma base da Marinha dos Estados Unidos na capital Washington subiu para 13, incluindo o autor dos disparos, que foi identificado como Aaron Alexis, um contratista militar do Texas.
O prefeito da cidade, Vincent Gray, confirmou em entrevista coletiva que as forças de segurança ainda não encontraram um segundo suspeito de ter participado do massacre.
As autoridades não proporcionaram ainda o número de feridos, mas segundo o prefeito o número será "uma dúzia ou mais".
Um oficial de polícia e duas mulheres estão sendo atendidos no hospital Medstar da capital americana pelos ferimentos de bala recebidos durante o tiroteio.
Segundo Janis Orlowsky, porta-voz do hospital, os três feridos têm previsões favoráveis e espera-se que se recuperem totalmente.
Orlowsky não informou as idades, mas explicou que tanto o policial como uma das mulheres estão sendo operados.
"A outra jovem é uma pessoa muito afortunada", disse Orlowsky, ao comentar que tinha recebido um tiro que lhe roçou a cabeça mas não chegou a penetrar no crânio, motivo pelo qual não precisou de cirurgia.
A chefe da Polícia metropolitana, Cathy Lanier, explicou que outros dois homens armados e com trajes militares estão sendo procurados como "potenciais" cúmplices. "Temos várias informações que sugerem que pelo menos dois indivíduos foram vistos com armas de fogo", disse Lanier.
Os motivos que levaram a este tiroteio, que começou por volta das 8h20 (9h20 de Brasília), ainda não estão claros para os investigadores.
A investigação é liderada agora pela polícia federal americana (FBI), que já disponibilizou agentes no Navy Yard, um complexo da Marinha às margens do rio Anacostia no qual trabalham cerca de 3.000 pessoas.
Lanier elogiou a rápida e "heroica" resposta da polícia de Washington. Um dos feridos é justamente um policial municipal da capital americana.
A região onde fica o complexo de Navy Yard, no extremo leste de Washington, está isolada e sob forte presença de agentes.
A segurança foi reforçada em edifícios militares como o do Pentágono, a vários quilômetros de distância, e onde o aumento do nível de alerta só foi tomado como "medida de precaução", já que a situação ainda não está controlada.
Repercussão
Washington é considerada por analistas como uma das cidades mais seguras dos EUA. Especialistas questionam como os atiradores conseguiram entrar na base da Marinha e realizar o ataque, já que todos os carros que circulam pelo complexo têm que ser autorizados. Há suspeitas de que um dos atiradores seja membro das Forças Armadas.
Fontes do "Washington Post" afirmam que um homem fez uma barricada dentro de uma sala e ficou entrincheirado dentro do prédio da Sede do Comando de Sistemas Marítimos. Há relatos de que ele seja careca, negro e com altura de cerca de 1,80 m.
Autoridades fecharam vias e uma entrada do metrô nos arredores do local, ordenando que membros da Marinha permaneçam onde estão e em alerta até que o atirador seja capturado. Alguns funcionários foram resgatados por helicópteros em cestas no topo de prédios do complexo. Uma equipe da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos - que investigou o atentado contra a Maratona de Boston - foi enviada à área.
O funcionamento do Aeroporto Ronald Reagan foi interrompido por algumas horas, mas depois retomado. A segurança do Capitólio, da Casa Branca e outras sedes de governo foi reforçada. Dez escolas próximas ao local selaram suas portas para manter os alunos em segurança.
Uma testemunha contou que escutou tiros e depois o alarme de incêndio foi acionado. "Nós não vamos voltar para a base hoje. Mas ainda há pessoas lá dentro", afirma.
Uma outra funcionária, identificada como Terry Durham, contou à mídia local que, antes de conseguir deixar seu escritório, avistou um homem negro com um rifle. Ele atirou contra ela e seus companheiros de trabalho, mas só acertou a parede. "Ele é alto e aparentemente é negro", disse.
FotosAtaque em Washington