Mais sete corpos foram recuperados nesta sexta-feira pelas equipes de resgate ao avião da AirAsia, que caiu no último domingo no Mar de Java com 162 pessoas a bordo, informou a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas).
Com isso chega a 16 o número de vítimas encontradas e retiradas do mar. Oito corpos já foram transferidos para a cidade de Surabaya, na ilha de Java, onde foi montado um centro de operações para identificá-los. Dois estão em Bornéu e outros seis ainda nos navios envolvidos na operação de busca.
No total, 29 embarcações e 17 aviões de países como os Estados Unidos, Austrália, Cingapura, Malásia, China e Indonésia participam do resgate. As condições meteorológicas melhoraram em relação aos últimos dias, conforme a emissora "Channel News Asia".
A primeira vítima identificada do acidente, a passageira Hayati Lutfiah Hamid, foi enterrada ontem em cerimônia realizada na província indonésia de Java Oriental, conforme o jornal "Jakarta Post". Antes, a imprensa local tinha informado de forma incorreta que a mulher era Khairunisa Haidar Fauzi, uma das aeromoças do voo.
A sogra, o marido e um filho de Hayati também viajavam no Airbus 320-200 que caiu no mar. Apenas o filho mais novo da família, que não embarcou, está vivo.
Até o momento, as equipes de resgate conseguiram recuperar nove corpos, partes do avião e bagagens dos passageiros. Os trabalhos de busca seguem mesmo com o mau tempo que atinge a região.
O avião da AirAsia que saiu no domingo passado da cidade de Surubaya, na Indonésia, e tinha previsão de pousar duas horas depois em Cingapura, caiu no mar de Java 40 minutos após a decolagem.
Estavam a bordo 155 passageiros e outros sete integrantes da tripulação. Entre eles há 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês (copiloto), um malaio e um cingapuriano.
O piloto solicitou à torre de controle para fazer um desvio à esquerda na rota e subir de 32 mil para 38 mil pés com o objetivo de contornar uma tempestade. A alteração de curso foi aprovada, mas a elevação negada porque outra aeronave já trafegava na mesma altitude.
Minutos depois, quando os controladores de voo tentaram entrar em contato para informar que o avião da AirAsia estava autorizado a subir até 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave já havia sumido dos radares.
Segundo a imprensa local, o Airbus teria realizado uma ascensão agressiva de 3 mil a 6 mil pés por minuto em velocidade de cruzeiro para depois cair no mar. As informações, contudo, não foram confirmadas pelas autoridades.
O piloto do voo QZ-8501 tinha 23 mil horas de voo, seis mil delas como comandante da AirAsia. A última manutenção do Airbus 320-200 tinha sido realizada em novembro.