Os atiradores não disseram nenhuma palavra quando desceram dos automóveis e invadiram uma festa privada. Eles apenas abriram fogo, matando 18 pessoas. O massacre aconteceu na noite de ontem na cidade de Torreón, no norte do México, uma região atingida dia após dia por matanças, que são atribuídas pelas autoridades às guerras entre os cartéis do narcotráfico.
Em comunicado, o escritório do procurador-geral do estado de Coahuila disse hoje que o número de mortos na festa subiu para 18 durante a madrugada, após um dos dezoito feridos ter morrido. A polícia disse hoje ainda não ter pistas ou informações sobre os possíveis motivos da matança. O estado de Coahuila está entre os vários do norte mexicano onde dois cartéis, os Zetas e o do Golfo, lutam pelo controle das rotas do tráfico de drogas aos Estados Unidos.
Fotos da cena mostravam o pátio da casa onde acontecia a festa com poças de sangue e cadeiras plásticas derrubadas. Entre os mortos, 12 eram homens e seis, mulheres. A polícia encontrou mais de 120 cartuchos de balas no local.
O ataque à festa aconteceu apenas três dias depois que um carro-bomba matou várias pessoas em Ciudad Juárez - e pouco mais de um mês após outra matança na cidade de Chihuahua, quando 19 pessoas perderam suas vidas.
Funcionários do governo mexicano dizem que 24.800 pessoas foram mortas no país por causa da violência relacionada ao narcotráfico, desde que o presidente do México, Felipe Calderón, declarou guerra aos cartéis das drogas, em dezembro de 2006, enviando soldados e a Polícia Federal para lutar contra os criminosos.