Pelo menos 18 pessoas morreram e 46 ficaram feridas nesta quarta-feira (13) na explosão de uma bomba em Trípoli, no norte do Líbano. Informações anteriores indicavam pelo menos nove mortos. A bomba foi deixada na calçada de uma rua e detonada no momento da passagem de um ônibus repleto de militares. Dos 18 mortos, pelo menos dez eram soldados libaneses em dia de folga. A explosão ocorreu no horário de maior movimento da manhã.
No momento do ataque, a rua também estava repleta de civis a caminho do trabalho, o que contribuiu para o alto número de mortos. Trípoli situa-se cerca de 90 quilômetros ao norte da capital libanesa, Beirute, e é a segunda maior cidade do país.
O Exército libanês qualificou a explosão como "um ataque terrorista tendo os militares como alvo". A explosão alimentou suspeitas de que um grupo islâmico inspirado na rede extremista Al-Qaeda estaria em busca de vingança contra o Exército pela ofensiva do ano passado contra o campo de refugiados palestinos de Nahr el-Bared, antigo bastião do grupo radical Fatah Islam.
O cerco ao campo, situado nos arredores de Trípoli, estendeu-se por meses e resultou na morte de centenas de pessoas, assim como na retirada do grupo islâmico.
A explosão também ocorreu horas antes de o presidente do Líbano, Michel Suleiman, viajar à Síria com o objetivo de melhorar as relações entre os dois vizinhos.
Em Damasco, o governo sírio denunciou a explosão e manifestou apoio ao Líbano "contra aqueles que tentam bagunçar a segurança e a estabilidade no país".
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