As autoridades das Filipinas divulgaram nesta quarta-feira o aumento para mais de 238 pessoas mortas nas inundações e nos deslizamentos de terra que o tufão "Bopha" causou em sua passagem pelo sul do país, onde ainda há dezenas de desaparecidos e mais de 214 mil deslocados.
Quase todas as vítimas mortas pertencem às províncias do Vale de Compostela e de Davao, no leste da ilha Mindanao, por onde o tufão entrou ontem com ventos sustentados de 175 km/h.
Pelo menos oito corpos foram localizados na província de Surigao do Sul, onde foi declarado estado de calamidade, e um homem de 31 anos morreu atingido por uma árvore derrubada pela ventania em Misamis Ocidental.
As autoridades preveem que o número final de mortos seja maior porque há dezenas de pessoas dadas como desaparecidas e muitos lugares onde as operações de busca continuam.
As Forças Armadas se somaram às operações de resgate e assistência dos desabrigados, mas as condições do tempo e a situação em que ficou o terreno onde se lhes necessita dificultam suas tarefas.
O comandante geral Ariel Bernardo, chefe da 10ª Divisão de Infantaria, assinalou pela rádio "dzBB" que foram enviadas duas companhias ao Vale de Compostela, mas acrescentou que os militares também foram "vítimas da tempestade".
"Nada ficou de pé em um de nossos quartéis e todo o equipamento de comunicação foi destruído", relatou o militar.
"Bopha" ou "Pablo", como é chamado nas Filipinas, perdeu força desde que entrou no país e agora se afasta com ventos sustentados de 120 km/h em direção ao Mar da China Meridional pela ilha de Palawan.
Pelo menos 213.502 pessoas precisaram deixar suas casas em Mindanao e na região de Visayas, pelo que estão alojadas nas casas de vizinhos ou em abrigos disponibilizados pelas autoridades.
Os centros habilitados pelas autoridades estão atendendo a quase 170 mil pessoas, segundo os últimos dados oficiais.
"Bopha" fecha a temporada de tufões nas Filipinas, estação que todos os anos atrai entre 15 e 20 tufões e que começa em geral em junho e termina em novembro.
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