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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, comunicou nesta quarta-feira (24) a expulsão de um total de 33 militares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) envolvidos em supostas conspirações contra o regime, que incluíam o assassinato do ditador Nicolás Maduro, uma cifra que até terça-feira (23) estava em 18.
Em comunicado, o ministro afirmou que estes militares, cujos nomes, patentes e números de identificação constam do documento, estiveram "envolvidos em conspirações e no planejamento de ações criminosas e terroristas para atacar o sistema de governo legitimamente constituído, as autoridades e as instituições do Estado e do povo venezuelano".
Essas ações, segundo destacou, incluíam “o assassinato do primeiro mandatário nacional”, o que representa “atos de traição à pátria”, razão pela qual o grupo de 33 militares, composto por 29 homens e quatro mulheres, foi oficialmente expulso da FANB.
Padrino havia antecipado na terça-feira que as Forças Armadas serão contundentes contra os “traidores”, por considerar que “o engano e a deslealdade implicam na violação das leis da honra militar”.
Maduro autorizou na segunda-feira (22) a despromoção e expulsão da FANB dos militares envolvidos nos cinco planos conspiratórios denunciados naquele mesmo dia pelo procurador-geral, Tarek William Saab, que depois relatou a detenção de 31 pessoas, entre militares e civis, desde maio de 2023 pelo suposto envolvimento nesses eventos.
Posteriormente, a FANB denunciou o envolvimento da oposição ao chavismo nestes planos para assassinar Maduro, como parte de “sua busca desesperada para atacar o poder político”, algo que a oposição negou.
Os Estados Unidos se manifestaram sobre as acusações do regime venezuelano, nesta terça-feira (23), classificando as supostas tentativas de assassinato de Maduro, que teriam apoio da CIA e da Agência Antidrogas dos EUA (DEA), como "não credíveis".
Foi assim que falou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, quando um jornalista lhe questionou durante uma entrevista coletiva sobre as acusações feitas pelo ditador. "Não vi essas acusações. Obviamente, parece um pouco… bem, simplesmente não parece credível", afirmou a porta-voz.