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A morte nesta terça-feira (21) de um detento que estava hospitalizado em Tegucigalpa aumentou para 360 o número de vítimas do incêndio que há oito dias arrasou parte da Colônia Agrícola Penal de Comayagua, no centro de Honduras.

O prisioneiro Juan Ángel Irías, de 66 anos, morreu nesta terça-feira (21) "devido à severidade das lesões que sofreu no momento do incêndio", declarou a jornalistas o médico Manuel Boquín.

Irías era um dos dez presos internados na quarta-feira passada no Hospital Escola por causa de queimaduras, dos quais seis morreram entre esse dia e domingo passado enquanto os outros três estão em situação "estável, mas crítica", segundo explicou o médico.

O acidente na prisão hondurenha aconteceu na madrugada do dia 15 de fevereiro, e uma das 360 vítimas era uma mulher que visitava seu marido, de acordo com a informação oficial.

As autoridades acreditam que a causa do incêndio foi acidental, segundo afirmou hoje o procurador-geral do Estado, Luis Rubí, que revelou dados de um relatório preliminar realizado por investigadores do Ministério Público e analistas dos Estados Unidos.

Legistas hondurenhos, chilenos, salvadorenhos, guatemaltecos, mexicanos e peruanos identificaram até esta terça-feira 70 dos mortos, em um processo que foi criticado como muito lento pelos parentes, que só receberam 33 corpos.

No total, os legistas já realizaram 277 autópsias, acrescentou hoje o porta-voz do Ministério Público, Melvin Duarte, em declarações aos jornalistas.

Centenas de parentes esperam angustiados a poucos metros do necrotério do Ministério Público a entrega dos corpos de seus parentes, em um drama que a cada dia é mais devastador porque ninguém sabe quando terminará o processo.

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