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Policiais monitoram a área onde ocorreu o deslizamento de pedras | Nasser Nuri/Reuters
Policiais monitoram a área onde ocorreu o deslizamento de pedras| Foto: Nasser Nuri/Reuters

Subiu para 47 o número de mortes provocadas por uma avalanche de pedras sobre uma favela no Cairo, informou um agente que trabalha nos esforços de resgate, intensificados hoje depois de dois dias de demora. As equipes de resgate começaram nesta segunda-feira (8) a usar máquinas pesadas, como retroescavadeiras, para deslocar as pesadas pedras que rolaram de uma instável encosta sobre a favela de Manshiyet Nasr no sábado.

A expectativa é de que, com a aceleração dos trabalhos de resgate, o número de mortes aumente acentuadamente. Teme-se que centenas de corpos estejam sob os escombros.

De acordo com o Ministério da Saúde do Egito, 57 pessoas receberam tratamento médico por ferimentos sofridos durante o deslizamento. Destas, 21 continuam internadas em hospitais no Cairo.

Hoje, a agência estatal de notícias informou que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, convocou uma reunião de emergência com seus ministros para organizar o atendimento aos afetados. A agência não informou, no entanto, se alguma decisão chegou a ser tomada.

Ontem, a polícia egípcia retirou moradores e jornalistas de Manshiyet Nasr em meio a temores de que mais pedras rolassem de uma instável encosta no sopé da qual jaz essa favela densamente povoada. Manshiyet Nasr é cercada de encostas instáveis e fica às margens de uma ferrovia.

Aboul-Ela Amin Mohammed, diretor do departamento de terremoto do Instituto Nacional de Pesquisas Astronômicas e Geofísicas, disse ontem que ainda há riscos de que novos deslizamentos ocorram. "Esta não foi a primeira vez nem será a última", disse ele. Desastres similares ocorreram em 1994 e em 2002, mas apenas nos últimos meses os moradores da favela começaram a se queixar da instabilidade do solo da região.

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