Ataques com carros-bomba contra mercados movimentados e ruas comerciais em Bagdá e em torno da capital iraquiana mataram pelo menos 51 pessoas e feriram mais de 100 nesta terça-feira (6), disseram fontes médicas e policiais. Números iniciais davam conta de 35 mortos ao menos.
Esses ataques se multiplicaram no Iraque desde o início do ano, deixando mais de mil mortos em julho, o maior número mensal de vítimas fatais desde 2008, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
O Ministério do Interior, que disse que o Iraque está enfrentando uma "guerra aberta" alimentada pela violência sectária, reforçou a segurança na capital nesta semana, com o fechamento de estradas e a implantação de policiais e helicópteros adicionais.
Bombas explodiram em distritos no norte, leste e sul da capital em rápida sucessão na noite desta terça-feira (horário local), em áreas congestionadas com consumidores e religiosos perto de uma mesquita.
Um dos ataques atingiu uma praça no centro de Bagdá, onde um carro-bomba estacionado matou 5 e feriu 18 pessoas. Em um bairro de maioria xiita ao sul, outro carro-bomba explodiu perto de uma loja que vende sorvete, após o fim do jejum do Ramadã.
Em Nahrawan, 30 quilômetros a sudeste de Bagdá, militantes atacaram uma rua comercial movimentada com um carro-bomba. No norte da capital, uma bomba explodiu perto de um mercado lotado.
Ondas de ataques coordenados que matam dezenas de pessoas se tornaram mais comuns no Iraque nos últimos meses.
Militantes sunitas tentam recuperar a força em sua insurgência contra o governo liderado pelos xiitas desde o início do ano e foram encorajados pela guerra civil na vizinha Síria, que tem alimentado tensões sectárias no Oriente Médio.