Distrito de Hurriya, em Bagdá, foi um dos atingidos pela explosão de carros-bomba| Foto: Reuters/Saad Shalash

Doze carros-bomba e várias bombas explodiram nas regiões central e sul do Iraque durante o horário do rush nesta segunda-feira (29), informaram autoridades, matando pelo menos 51 pessoas. Os ataques, que deixaram muitos feridos, elevam os temores sobre o retorno dos conflitos sectários, que levaram o país à beira de uma guerra civil após a invasão de 2003.

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Ataques suicidas, carros-bomba e outros tipos de violência mataram mais de 3 mil pessoas desde abril, dentre as quais mais de 500 desde o início de julho, segundo contagem da Associated Press.

Nenhum grupo havia assumido a autoria dos ataques desta segunda-feira, mas eles têm a marca do braço da Al-Qaeda no Iraque. O grupo, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, costuma realizar ataques coordenados numa tentativa de prejudicar a confiança dos iraquianos no governo, liderado por xiitas.

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Policiais disseram que um total de 12 carros-bomba estacionados explodiram em mercados e estacionamentos em bairros predominantemente xiitas de Bagdá, no intervalo de uma hora. Segundo eles, os mais violentos aconteceram no bairro xiita de Sadr City, onde duas explosões separadas mataram nove civis e feriram 33 pessoas.

Horas após a explosões, o enviado interino da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Iraque, Gyorgy Busztin, expressou sua preocupação com o "elevado nível de violência que traz o perigo de o país voltar aos conflitos sectários".

Outras dez bombas explodiram nas proximidades de Bagdá, principalmente em subúrbios predominantemente xiitas, assim como na cidade de Mahmoudiya, 30 quilômetros ao sul, matando 31 pessoas.

A violência no país aumentou depois da repressão das forças de segurança, em abril, contra um acampamento de protestos sunita, erguido na cidade de Hawija, norte do país, que resultou na morte de 44 civis e de um integrante das forças de segurança, segundo estimativas da ONU. Fonte: Associated Press.