Os confrontos no Bahrein deixaram pelo menos quatro mortos hoje, elevando para seis o número de vítimas nos protestos que começaram nesta semana. As Forças Armadas afirmaram que tomariam "medidas estritas" a fim de restaurar a segurança no país, incluindo a proibição de reuniões públicas.
De madrugada, as forças de segurança reprimiram os manifestantes que realizavam protestos na capital, Manama. Um deputado da oposição, Ali al-Aswad, membro do bloco Al-Wefaq, disse que havia 95 pessoas feridas, cinco delas em estado grave. Segundo a televisão estatal, lideranças militares disseram que controlam "partes importantes" da cidade.
Dezenas de veículos blindados da polícia foram usados hoje para reprimir as manifestações na Praça Pérola, no centro da capital. A polícia lançou uma violenta ação para retirar manifestantes da área, segundo testemunhas.
A rede Al Jazeera afirma, em seu site, que havia confrontos também em outras partes da capital. O líder do principal bloco da oposição xiita no país, xeque Ali Salman, qualificou a ação policial como "selvagem e injustificada". Segundo Salman, a repressão terá "repercussões catastróficas". Os policiais chegaram quando os manifestantes dormiam na praça, usando gás lacrimogêneo e tiros de borracha para dispersá-los.
Os protestos começaram na segunda-feira no país do Golfo Pérsico exigindo democracia e melhorias econômicas. Os manifestantes se inspiram nos levantes ocorridos na Tunísia e no Egito, que terminaram com a renúncia dos líderes dessas nações. O protesto no Bahrein foi convocado por ativistas pela internet.
Na terça-feira, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, fez uma rara aparição na televisão, prometendo investigar as duas mortes anteriores de manifestantes. Porém, desde então os protestos cresceram, com muitas pessoas exigindo a saída da família real do comando do país. De maioria muçulmana xiita, o Bahrein é controlado por uma dinastia sunita.
Os ministros das Relações Exteriores das monarquias do Golfo Pérsico devem realizar uma reunião de emergência hoje, em Manama informou a chancelaria do Bahrein. Um porta-voz do ministério disse que os Estados que formam o Conselho de Cooperação do Golfo devem anunciar seu apoio ao governo do país. O grupo é formado por Bahrein, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. As informações são da Dow Jones.
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