Uma pessoa que ficou ferida nos ataques terroristas da semana passada na Noruega morreu, elevando para 77 o número de vítimas das ações de Anders Behring Breivik.
O promotor policial Henning Holtaas disse ontem que uma vítima não identificada morreu no hospital vítima dos ferimentos sofridos durante o tiroteio na ilha de Utoya.
O extremista Breivik admitiu ter realizado os disparos em Utoya que mataram 69 pessoas e ser o responsável pela explosão de uma carro no centro de Oslo, que matou oito pessoas. As informações são da Associated Press. Uma semana depois, Noruega homenageia vítimas de massacre Por Mohammed Abbas e Walter Gibbs
Os noruegueses se uniram ontem em um dia de homenagens para as vítimas. O primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg, participou de uma cerimônia fúnebre na principal mesquita de Oslo às 10h30 (hora de Brasília) o momento exato em que, uma semana antes, Anders Behring Breivik detonou uma bomba entre prédios públicos no centro da capital para, em seguida, promover uma chacina a tiros em uma ilha próxima da capital.
Durante a manhã, Stoltenberg já havia estado em um ato público do seu Partido Trabalhista, principal alvo dos ataques, onde muita gente depositou rosas vermelhas. "O mal despertou o que há de melhor em nós. O ódio gera amor", disse ele aos correligionários. "Queremos ser uma comunidade. Transcendendo a fé, a etnia, o gênero e as patentes", disse Stoltenberg, sem jamais citar o nome do assassino.
Primeiros enterros
O primeiro funeral das vítimas ocorreu em Nesodden, ao sul de Oslo. Bano Rashid, de 18 anos, que chegou à Noruega em 1996 fugindo com a família do Curdistão iraquiano, foi morta no acampamento de Utoeya. Ela foi enterrada na recém-inaugurada ala muçulmana de um cemitério que fica ao lado de uma pitoresca igreja de pedras e madeira, construída em 1175. Centenas de pessoas acompanharam seu caixão até o túmulo, tendo à frente um pastor luterano e um imã.
"Temos muitos muçulmanos vivendo aqui agora, então ela não ficará sozinha lá por muito tempo", disse o clérigo islâmico Senadi Kobilica, bósnio, referindo-se à nova ala do cemitério.