Um ataque suicidadurante um jogo de vôlei deixou pelo menos 93 mortos nesta sexta-feira (1º) no noroeste do Paquistão, segundo balanço divulgado pela polícia neste sábado.
O ataque ocorreu na cidade de Lakki Marwat, que fica perto de bases do Talibã e da rede terrorista da al-Qaeda, próximo à fronteira com o Afeganistão.
De acordo com o policial Habibullah Khan, houve muito estrago, e várias casas foram atingidas pela explosão. Segundo testemunhas, um carro explodiu, e pelo menos 20 casas foram destruídas.
Havia 200 pessoas assistindo à partida, e pelo menos 50 feridos sendo socorridos em hospitais da cidade. O número de mortos pode aumentar, já que ainda havia vítimas sob os escombros, de acordo com a polícia.
Segundo autoridades, idosos e crianças faziam parte da multidão que assistia à partida de vôlei masculino.
"É um desastre. Posso ver corpos e feridos por toda parte", disse Fazl-e-Akbar, uma testemunha, à agência de notícias Reuters por telefone. "Está escuro. Os farois dos carros estão sendo usados na busca por vítimas".
Khalid Israr, autoridade regional, afirmou que as pessoas se lembram do carro-bomba, pouco antes da explosão, estacionando no lugar onde se jogava vôlei.
Um atentado contra um evento esportivo não é nada comum, apesar de militantes ligados à Al Qaeda terem começado a atacar áreas com grande concentração de pessoas, como mercados, com o objetivo de matar muitos e espalhar medo e caos no país.
Autoridades afirmaram que pessoas na vila atacada haviam formado uma milícia anti-Taliban, fenômeno que começou no Paquistão no ano passado.
Apesar das grandes ofensivas militares contra bases do Taliban na fronteira do Afeganisão, militantes têm provocado a morte de centenas de pessoas em ataques com bomba desde outubro.
O ataque ocorreu em um dia de protestos contra a violência no Paquistão, um aliado dos Estados Unidos nas suas operações no vizinho Afeganistão.
As Nações Unidas, por exemplo, anunciaram que irão retirar parte do seu pessoal do Paquistão por causa das preocupações com segurança.
O banho de sangue deve colocar mais pressão sobre a luta do presidente Asif Ali Zardari contra o Taliban.
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