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Quênia

Sobrevivente de ataque ficou 2 dias escondida em armário

Mulher chega ao necrotério para identificar mortos em Garissa. | GORAN TOMASEVIC/REUTERS
Mulher chega ao necrotério para identificar mortos em Garissa. (Foto: GORAN TOMASEVIC/REUTERS)

Uma sobrevivente do massacre na Universidade de Garissa, no Quênia, foi encontrada neste sábado (4), dois dias após ataque de extremistas islâmicos que matou mais de 150 pessoas. Cynthia Charotich, 19, disse à agência Associated Press que se escondeu em um armário e se camuflou atrás de várias roupas.

Enquanto esteve escondida, Cynthia chegou a beber uma loção para aplacar a sede e a fome. Ela foi resgatada às 10h deste sábado (4h em Brasília). A aluna estava cansada e com muita sede, mas em boas condições de saúde.

A princípio, Cynthia confundiu a equipe de resgate com os atiradores que atacaram a escola. Ela deixou o armário apenas quando uma de suas professoras chegou e a convenceu a sair.

“Eu fiquei apenas rezando para o meu Deus”, disse a jovem, cristã, sobre o tempo que ficou escondida.

Durante o ataque à universidade, o grupo extremista islâmico Al Shabaab enganou os estudantes que se esconderam para convencê-los a sair de seus esconderijos. Os atiradores pouparam alunos muçulmanos e balearam cristãos.

Terror

O Al Shabab ameaçou neste sábado realizar mais ataques no Quênia se o governo não retirar todas as tropas que tem na Somália, segundo um comunicado divulgado pela organização terrorista. Na nota, o Al Shabab adverte que a presença do Exército queniano na Somália, ao qual acusa de matar civis e bombardear cidades, acarretará mais represálias contra a população , à qual responsabilizou por ter eleito o governo atual.

“Enquanto vosso governo persistir em seguir o caminho da opressão e continuar com a perseguição de muçulmanos inocentes, nossos ataques também continuarão”, promete o comunicado.

A polícia queniana deteve outros três homens envolvidos com o massacre na universidade quando eles tentavam fugir à Somália. As autoridades acreditam que os três detidos, que se juntam a outros dois que já tinham sido presos, são cúmplices do suposto autor intelectual do massacre, Mohammed Kuno, que foi vinculado com outros ataques do grupo islamita no nordeste do Quênia.

Vinculada à Al Qaeda, o Al Shabaab fez vários ataques no Quênia em retaliação à ação militar de tropas quenianas na Somália. A facção luta para instaurar um califado na região e está na lista de organizações consideradas terroristas pelos EUA.

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