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O equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, único sobrevivente do massacre de 72 imigrantes ilegais no México, voltou ontem à noite para seu país, de acordo com informações do governo mexicano. As secretarias da Casa Civil e de Relações Exteriores do México informaram em comunicado que Pomavilla foi repatriado na noite do domingo, em um avião da Força Aérea do Equador. O México havia lhe oferecido um visto humanitário para permanecer no país, mas ele preferiu voltar ao Equador.

O ato de repatriação ocorreu no hangar da Secretaria da Marinha, na Cidade do México, com a presença de autoridades dos dois países e um grupo de paramédicos que atendeu Pomavilla.

Na semana passada, militares mexicanos localizaram os 72 corpos em uma fazenda do estado de Tamaulipas, no norte do México, um dos mais afetados pela violência atribuída a uma disputa entre os cartéis Los Zetas e do Golfo. Pomavilla conseguiu escapar, fugiu até uma base da Marinha do México e alertou sobre a chacina. Segundo o equatoriano, os imigrantes ilegais, provenientes da América Central e do Sul, tentavam chegar aos Estados Unidos, mas foram interceptados por desconhecidos que se identificaram como membros de Los Zetas. Os imigrantes foram mortos, pois não aceitaram trabalhar para os criminosos, afirmou o sobrevivente.

Vítimas do Brasil

Até esta segunda-feira, foram identificados 31 das 72 vítimas, mas os países de origem contabilizavam mais vítimas: 16 hondurenhos, 13 salvadorenhos, cinco guatemaltecos e um brasileiro. Os documentos de um segundo brasileiro foram encontrados, mas seu corpo ainda não foi identificado.

"O corpo do brasileiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, natural de Minas Gerais, foi identificado entre as vítimas da chacina ocorrida no último dia 22, na localidade de San Fernando no México", afirmou uma nota da chancelaria brasileira, divulgada ontem.

Os documentos de Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, também de Minas Gerais, foram encontrados pelas autoridades locais, mas seu corpo não foi identificado. O Itamaraty informou já ter entrado em contato com os familiares dos dois brasileiros. Os trabalhos dos legistas para a identificação dos corpos continua a ser realizado.

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