Sobreviventes e familiares de mortos do tsunami lembraram o primeiro aniversário do maremoto reunidos para um melancólico encontro de Natal na Ilha de Phuket, neste sábado. Coroas de flores marcaram as preces feitas pela perda de familiares queridos em diversas manifestações pela região afetada.
Cerca de 150 noruegueses se reuniram para uma missa campal próximo a Kata Beach, em homenagem aos 84 compatriotas que morreram ao serem atingidos por uma série de ondas gigantes na costa do Mar Andaman, no ano passado. Ao todo, o maremoto deixou 5.395 mortos.
- A Tailândia é um país caloroso, ensolorado, tem palmeiras. Mas, para algumas pessoas, também é um país frio, por causa de suas perdas - disse Rune Birkeland, padre da Igreja Norgueguesa Seaman, durante a cerimônia.
Mesmo assim, o sacerdote, estendeu suas bênçãos ao "povo tailandês em geral e a todas as pessoas que ajudaram durante este período difícil".
Emocionados, os familiares das vítimas confortavam-se uns aos outros durante a cerimônia, enquanto um dos presentes expressou seus sentimentos cantando em homenagem aos seus parentes.
A missa de Phuket foi um dos diversos eventos realizados na região atingida pelo tsunami, enquanto todo o país se prepara para um dia de extensas comemorações na segunda-feira, dia 26, que marcará o primeiro aniversário do desastre.
As autoridades tailandesas esperam que ao menos dez mil pessoas compareçam às cerimônias programadas nas seis províncias ao sul afetadas pelas ondas gigantes que mataram mais de dois mil turistas estrangeiros.
- Temos que homenagear as pessoas que morreram e ficaram feridas. Gostaríamos de demonstrar a bondade e a generosidade do povo tailandês - declaração Suwat Liptapanlop, presidente do Comitê de Celebrações do Tsunami, acrescentando que o governo tailandês estava patrocinando dois mil sobreviventes e parentes de vítimas para que eles pudessem comparecer aos eventos.
O primeiro-ministro Thaksin Shinawatra anunciara anteriormente planos de arcar com as despesas de passagens e acomodações para os sobreviventes e parentes diretos das vítimas, no período de 25 a 27 de dezembro.
Outras cerimônias também foram realizadas na região para lembrar as mortes e a devastação causada pelo desastre.
O comando da delegação britânica depositou uma coroa de flores no Mural da Lembrança no cemitério de Mai Khao, onde os corpos de ao menos 700 vítimas do maremoto ainda estão guardados.
Em Khao Lak, onde ocorreu a maioria das mortes de tailandeses, os "ciganos do mar" Moken lançaram um barco cerimonial com incenso e flores, para afastar os maus espíritos e trazer boa sorte. Os Moken são pescadores nômades cujas antigas crenças os aconselham a buscar abrigo em pontos mais elevadas em terra firma quando avistam o oceano recuar.Centenas de nativos muçulmanos e budistas observaram o ritual dos pescadores que lançaram num oceano de águas tranqüilas o colorido barco de quatro metros embrulhado num tecido amarelo e rosa.
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