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Zanzibaris chegam ao litoral para ter notícias de pessoas que morreram afogadas em balsa na Tanzânia | REUTERS/Marton Dunai
Zanzibaris chegam ao litoral para ter notícias de pessoas que morreram afogadas em balsa na Tanzânia| Foto: REUTERS/Marton Dunai

Sobreviventes da balsa que virou na Tanzânia, matando ao menos 192 pessoas, disseram que a embarcação estava superlotada e parecia ter problemas antes mesmo de iniciar a viagem.

Aze Faki Chande, mulher de 27 anos que perdeu seus dois filhos e a irmã no acidente, disse que a balsa virou por volta da 1 da manhã (horário local), quando muitos passageiros estavam dormindo.

"A balsa estava claramente com problemas mesmo antes de começar a viagem... Ela pendia para um lado", disse Chande à Reuters, no hospital Mnazi Mmoja.

A balsa ia de Zanzibar a Pemba, levando ao menos 800 passageiros e carga.

Chande disse que estava dormindo em sua cabine com o filho de seis anos, a filha de quatro e sua irmã quando as fortes correntes do mar sacudiram a embarcação, que começou a afundar.

Ela e um grupo de sobreviventes conseguiram se segurar em um único colete salva-vidas durante cerca de sete horas no mar, até serem resgatados pela manhã.

Médicos no hospital Mnazi Mmoja disseram que muitos dos sobreviventes estavam desidratados e machucados.

Mohamed Mussa Said, outro sobrevivente, disse à Reuters que a embarcação estava superlotada.

"Havia muitos a bordo e estava cheio de carga. Alguns dos meus parentes que estavam comigo ainda estão desaparecidos", disse, antes de juntar-se a outras pessoas que procuravam, em Maisara, identificar corpos separados entre mulheres, homens e crianças.

Os corpos estavam embalados em cobertores pretos, sendo identificados apenas por números e sexo. As roupas estavam ao lado dos corpos para ajudar os parentes a identificar as vítimas.

Quase 200 corpos foram retirados até agora, e mais de 600 pessoas foram resgatadas da balsa, que tinha licença para carregar apenas 600 pessoas.

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