A tensão na fronteira entre Polônia e Belarus aumentou nesta quarta-feira (10), quando a Rússia enviou para sobrevoar a região dois bombardeiros Tupolev Tu-22M3 com capacidade de transportar mísseis nucleares.
Atualmente, centenas de migrantes, a maioria vindos do Oriente Médio e da Ásia Central, em especial do Afeganistão, estão na região fronteiriça, onde aconteceram diversas tentativas violentas de passagem do lado bielorrusso para o polonês de maneira ilegal, que acabaram sendo contidas pelas forças de segurança. Ao menos 50 migrantes foram presos pelas forças polonesas na noite de terça-feira (9) para quarta, tentando atravessar a fronteira.
A crise é vista por Varsóvia e pela União Europeia como uma ação orquestrada pelo ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, para desestabilizar a região, em resposta a sanções impostas ao seu regime por países ocidentais.
A Rússia apoia incondicionalmente o governo de Belarus no confronto com a Polônia e União Europeia, em uma crise ocorrida em meio ao anúncio de Moscou de prolongar a presença militar na antiga república soviética por mais 25 anos.
A Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, cobrou nesta quarta-feira que se vá além da retórica política e de segurança que prevalece no debate sobre a crise migratória na região, para que se preserve a integridade das pessoas que estão acampadas.
“Peço aos Estados envolvidos que tomem medidas imediatas para reduzir a tensão e resolver a situação intolerável, conforme suas obrigações, sob o direito internacional e dos refugiados”, afirmou a ex-presidente do Chile, através de um comunicado.
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