O presidente da República Tcheca, Milos Zeman, nomeou nesta terça-feira (25) o social-democrata Jiri Rusnok novo primeiro-ministro do país, em substituição ao atual premiê, Pets Necas, que renunciou após ser acusado de participação em um escândalo de corrupção.
Com isso, o presidente aposta em um governo tecnocrata para dirigir o país até as eleições de 2014. Rusnok era até então assessor de Zeman para assuntos econômicos.
"Aprecio seu trabalho como analista, e com um governo 'de especialistas', considero seu nome uma comprovação desta tese", afirmou Zeman em entrevista coletiva em Praga.
A principal tarefa do futuro executivo será redigir a lei de orçamento geral de 2014, o que será alcançado pelo novo governo, segundo o presidente. "Não conheço melhor ministro das Finanças do que Rusnok", garantiu.
O novo primeiro-ministro deverá agora escolher os membros de sua equipe, que deverão superar o voto de confiança de um Parlamento dividido entre uma frágil coalizão de centro-direita, com uma exígua maioria de 101 votos (sobre 200), e uma oposição social-democrata e comunista que prefere antecipar as eleições.
No caso do novo Executivo não ser aprovado, o chefe de Estado pode fazer uso de sua prerrogativa presidencial e nomear outro primeiro-ministro.
Outra possibilidade é o Parlamento reunir uma maioria de três quintos (120 de 200 cadeiras) e concordar em se dissolver, o que automaticamente leva à realização de eleições 60 dias depois.