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Social-democratas de Portugal são os favoritos para vencer a eleição no domingo, mas as celebrações podem ser curtas em meio à tarefa urgente de formar um governo de coalizão para aprovar um duro plano de resgate.

Pesquisas sugerem que os social-democratas (PSD), de centro-direita, vão ganhar a votação, mas não uma maioria absoluta. Eles terão de se unir ao direitista CDS-PP para formar uma coalizão e implementar as medidas com vias a obter um resgate de 78 bilhões de euros (112,5 bilhões de dólares) firmado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) no mês passado.

O primeiro-ministro socialista José Sócrates, que está no poder desde 2005, parece estar indo para uma derrota humilhante após ter pedido demissão em março e subsequente pedido de resgate, ao qual havia resistido durante vários meses.

Político feroz, Sócrates culpou a oposição por desencadear o pedido de socorro por meio de um bloqueio ao pedido feito por sua base de apoio a um pacote de austeridade, mas os eleitores parecem ter se cansado de suas desculpas para o péssimo estado da economia e sua gestão da crise da dívida.

Com a ajuda de três anos, impondo cortes de gastos adicionais pesados, alta de impostos e cortes nos direitos dos trabalhadores, o líder do PSD Pedro Passos Coelho espera-se ter muito pouco tempo para resolver o problema no cargo de primeiro-ministro.

"Eu duvido que o próximo governo vai durar todo o mandato de quatro anos. Os trabalhadores estão passando por uma fase difícil, e o governo terá alguma margem de manobra, mas terá sempre de atuar dentro dos termos duros do acordo", disse Anibal Ribeiro, bancário.

O novo governo terá de combater o desemprego, que está em 12,4 por cento, o maior já registrado, e o crescente descontentamento social com a economia, que deve registrar uma contração de 2 por cento este ano e outro em 2012.

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