O político que recebeu a tarefa de formar um novo governo na Bélgica, o socialista Elio di Rupo, apresentou ontem a sua renúncia ao rei Alberto II, que ainda não a aceitou e falou com ele sobre a gravidade da situação no país.Di Rupo apresentou renúncia após informar ao monarca sobre o "bloqueio das negociações orçamentárias, sociais e econômicas que deviam levar à formação de um novo governo", informou o Palácio de Laeken em nota oficial.
O rei pediu aos seis partidos que participam das negociações que "meçam as consequências deste fracasso", em meio a uma crise política que já dura 526 dias, segundo comunicado do governo belga.O palácio real advertiu os partidos de que a crise política precisa terminar logo para manter o controle sobre o mercado financeiro.
No mês passado, o francófono socialista Elio Di Rupo conseguiu avanços em uma reforma constitucional para conceder mais autonomia às regiões de Flandres de língua holandesa e da Valônia -de língua francesa.
As negociações agora estão bloqueadas no item de propostas ao Orçamento de 2012. Os socialistas de língua francesa não conseguiram chegar a um acordo com os liberais de língua holandesa sobre novos impostos e medidas de austeridade.
Os principais partidos têm tentado, sem sucesso, formar um governo na Bélgica desde as eleições de 13 de junho de 2010.
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