O socialista Patxi López foi eleito nesta quarta-feira (13) presidente do Parlamento espanhol, o primeiro político escolhido para o cargo desde a volta da democracia após a ditadura franquista que não pertence ao partido mais votado nas eleições.
López foi eleito no segundo turno com os 130 votos dos deputados do Partido Socialista (PSOE) e do partido liberal Ciudadanos, contra 71 obtidos pela candidata alternativa apresentada pelo partido de esquerda radical Podemos, Carolina Bescansa.
A eleição do ex-presidente regional basco foi possível graças a um acordo entre três partes assinado na véspera pelo PSOE, Ciudadanos e os conservadores do Partido Popular (PP), que foi o mais votado nas eleições gerais de 20 de dezembro e cujos deputados optaram pela abstenção.
López, de 56 anos, se tornou assim o primeiro presidente do Congresso dos Deputados espanhol que não pertence ao partido mais votado nas urnas.
O acordo para a eleição de López foi apresentado como um ato de “generosidade” pelo ministro Alfonso Alonso, em um momento em que o PP ainda aspira o apoio dos socialistas e do Ciudadanos para governar.
“O PP deve assumir a responsabilidade de governar, pois venceu as eleições”, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro Mariano Rajoy.
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