A socialista Francina Armengol, apoiada por Pedro Sánchez, venceu a eleição para a presidência do Congresso dos Deputados da Espanha| Foto: EFE/Chema Moya
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O novo Congresso dos Deputados da Espanha, eleito em 23 de julho, elegeu nesta quinta-feira (17) a socialista Francina Armengol para a presidência da casa. Ela recebeu 178 votos, enquanto Cuca Gamarra, do Partido Popular (PP), obteve 139.

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Essa eleição sinaliza a possibilidade do atual presidente do governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, permanecer no poder. Na eleição de julho, o conservador PP, liderado por Alberto Núñez Feijóo, foi o partido mais votado, mas não conseguiu assegurar com a legenda de direita Vox uma maioria (são necessárias 176 das 350 cadeiras) no Congresso dos Deputados para garantir a formação de um governo.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de Sánchez, somou menos votos com sua parceira, a coalizão Sumar, e esquerda e direita correm atrás do apoio de partidos menores para governar a Espanha.

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Nesta quinta-feira, Armengol contou com 14 votos de dois partidos separatistas da região da Catalunha, sendo metade do Junts, partido cuja bandeira é a independência catalã.

O Junts tem como principal nome Carles Puigdemont, que está em autoexílio na Bélgica porque convocou um referendo irregular de separação da Espanha em 2017 e foi processado e preso (libertado posteriormente) por isso.

Resta saber se o PSOE conseguirá repetir essa maioria na votação no Parlamento para formar o governo, que deve ocorrer no início de setembro. O Junts deixou claro que apoiou os socialistas apenas na votação para a presidência do Congresso dos Deputados e não sacramentou apoio a Sánchez.

Nos próximos dias, o rei Felipe VI deve iniciar consultas com os líderes dos partidos mais votados em julho para ver quem tem mais chances de formar um governo. Caso nenhum lado consiga assegurar maioria, novas eleições serão convocadas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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