O chefe de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, conversou nesta segunda-feira com o negociador-chefe do programa nuclear iraniano, Saeed Jalili, sobre o impasse em torno das atividades atômicas da república islâmica.
A informação foi fornecida por um porta-voz de Solana em Bruxelas que pediu para não ser identificado.
"A conversa aconteceu e Solana a reportará ao grupo dos seis" países envolvidos nas negociações com o Irã (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia), disse o porta-voz sem entrar em detalhes.
Os EUA vinham exigindo que o Irã desse até o último fim de semana uma resposta a um pacote de incentivos oferecido em troca do congelamento de seu programa de enriquecimento de urânio em meio a ameaças de novas sanções.
No entanto, um diplomata europeu comentou na última sexta-feira: "Se for em 16 dias em vez de 14, não há problema. Não estamos obcecados com uma data".
Numa reunião realizada em 19 de julho em Genebra, Solana pediu a Jalili que o Irã respondesse em duas semanas ao pacote elaborado pelo grupo de seis países composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) mais a Alemanha.
No último sábado, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que a república islâmica não vê problemas em negociar, mas não abrirá mão de seu direito de manter um programa nuclear.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário.
Em seus relatórios, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) têm informado não haver sinais de um programa nuclear com fins militares e os serviços secretos dos EUA divulgaram relatório há alguns meses afirmando ter evidências de que um programa nuclear militar mantido pelo Irã teria sido encerrado em 2003.
Ainda assim, EUA e Israel não descartam a possibilidade de bombardear o Irã caso o país não desista do enriquecimento de urânio, um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas. As informações são da Dow Jones.
Centrão defende negociação para tentar conter excessos do STF em 2025
“Corte maldoso”, diz Instituto Fome Zero sobre confissão de Graziano
Ranking mostra Milei como presidente mais bem avaliado da América do Sul; Lula aparece em 5º
Juízes e desembargadores que jantaram com Luciano Hang são alvo de investigação do CNJ