Um soldado americano acusado de matar 16 civis, a maioria mulheres e crianças, perto do seu posto militar no Afeganistão, vai passar por exames médicos neste domingo (17), que vão determinar qual era o estado mental no momento em que as mortes ocorreram e a sua capacidade de ser julgado.
O exame, conhecido no exército como 'comissão de sanidade mental' será conduzido por três médicos na Joint Base Lewis-McChord (ou Fort Lewis) em Washington, e deverá estar concluído até 1º de maio, de acordo com um porta-voz do exército norte-americano.
Os promotores pedem a pena de morte para Robert Bales, um veterano condecorado, que participou de quatro turnos de combate no Iraque e no Afeganistão. Ele é acusado de atirar nos civis a sangue frio, durante dois ataques a suas áreas residenciais em Kandahar, em março.
Promotores das Forças Armadas dizem que Bales, de 39 anos e pai de dois filhos, agiu sozinho e com "assustadora premeditação" quando, armado com uma pistola, um rifle e um lançador de granadas, deixou sua base duas vezes durante a noite, voltando no meio do seu ataque para dizer a um colega soldado: "Acabei de atirar em algumas pessoas."
Os disparos se tornaram o pior caso de morte de civis atribuído a um soldado norte-americano desde a Guerra do Vietnã. O caso piorou ainda mais as tensas relações EUA-Afeganistão, depois de mais de uma década de conflito naquele país.
Os advogados de defesa ainda não estabeleceram uma teoria alternativa para o que aconteceu na noite do tiroteio, mas estão focados no frágil estado mental de Bales.
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