A ex-soldado israelense que colocou no Facebook fotos de si mesma ao lado de presos palestinos algemados e vendados disse na terça-feira que não vê nada de errado no que fez.
As imagens estão no álbum intitulado "Exército, o melhor período da minha vida", que faz parte da página de Eden Abergil no site de relacionamentos sociais. O caso foi divulgado na segunda-feira por jornais israelenses e atraiu imediata condenação internacional e das Forças Armadas de Israel.
O Centro de Imprensa do Governo Palestino descreveu as fotos como um sinal da "mentalidade do ocupante, de se orgulhar de humilhar os palestinos".
"Ainda não entendo o que há de errado", disse a ex-recruta na terça-feira à Rádio do Exército de Israel.
Abergil afirmou que a intenção das fotos, que já foram retiradas do site, não era fazer uma declaração política nem demonstrar desprezo pelos palestinos. "Foi somente para demonstrar a experiência do serviço militar."
A moça, que completou em meados de 2009 o serviço militar obrigatório, de dois anos para as mulheres, disse que as fotos foram tiradas em 2008, no quartel onde ela servia. Os palestinos teriam sido levados para interrogatórios ali depois de tentarem cruzar a fronteira da Faixa de Gaza em direção a Israel.
Suspeitos palestinos às vezes são imobilizados com algemas de plástico e ficam vendados enquanto aguardam interrogatório.
Como civil, Abergil não pode mais responder diretamente à hierarquia militar, mas um porta-voz do Exército condenou as ações dela, qualificando-as de "lamentáveis".
Comentando eventuais danos causados por suas fotos à imagem internacional de Israel, Abergil disse à rádio: "Sempre seremos atacados por qualquer coisa que fizermos. Sempre seremos atacados."
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