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FORT HOOD, EUA - Um júri militar declarou que a soldado americana Lynndie England é culpada de abusar de prisioneiros na prisão iraquiana de Abu Ghraib, em um escândalo que provocou duras críticas internacionais, principalmente de países islâmicos. A pena da militar, que pode chegar a dez anos, deverá ser anunciada ainda esta semana.

England, uma integrante de um grupo de soldados acusados de abusar de detentos em Abu Ghraib, foi declarada culpada em seis das sete acusações, incluindo maus-tratos de prisioneiros e atos indecentes. Ela foi inocentada da acusação de conspiração.

Em fotografias publicadas no mundo todo, England, uma jovem reservista do Exército, foi mostrada segurando um prisioneiro iraquiano nu por uma corrente e apontando para a genitália do detento.

Os advogados de England alegaram que a cliente participara dos casos de tortura por causa de uma suposta falta de inteligência e e problemas de personalidade que faziam dela uma mulher excessivamente obediente.

O principal defensor de England no caso, capitão Jonathan Crisp, sustentou que a soldado, que antes da caserna trabalhara em uma granja, viu-se impelida a satisfazer quem à época era seu noivo, o então sargento Charles Graner, tido como o líder do grupo de torturadores.

O caso de England é o último de uma série de julgamentos ou declarações de culpa contra militares de baixa patente envolvidos no escândalo. Outros militares mais graduados foram repreendidos por superiores.

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