Tropas do Afeganistão e do Paquistão trocaram tiros na região fronteiriça entre os países nesta quarta-feira, segundo autoridades locais. Cada lado culpou o outro pelo incidente, que deixou um soldado paquistanês morto. A disputada fronteira entre os dois países é classificada pelos Estados Unidos como uma das áreas mais perigosas do mundo. Vivem na região várias lideranças da Al-Qaeda e do Taleban.
Um comandante da polícia de fronteira afegã na província de Khost, no leste do país, confirmou a troca de tiros e acusou o Paquistão de iniciar a batalha. Segundo ele, as tropas afegãs reagiram ao ataque "completamente gratuito e sem motivação". O militar disse que o confronto continua.
Na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, um importante militar afirmou que um soldado paquistanês foi morto e três ficaram feridos. Segundo ele, as forças afegãs dispararam vários morteiros em um posto de controle militar do Paquistão, e então as tropas paquistanesas reagiram com artilharia e morteiros.
Esse é o incidente mais grave nessa fronteira desde maio de 2007 quando três civis e um policial morreram em um confronto. O Afeganistão e o Paquistão frequentemente trocam críticas sobre a segurança fronteiriça, acusando-se de permitir que militantes se infiltrem na porosa e montanhosa região para realizar ataques.
O Afeganistão e os pashtuns étnicos que vivem dos dois lados não reconhecem a fronteira, conhecida como Linha Durand, traçada com o apoio da Inglaterra em 1893. O Afeganistão afirma que essa fronteira retira parte de seu território. Além disso, autoridades afegãs e ocidentais afirmam que os rebeldes do Taleban no país recebem apoio de bases do grupo terrorista situadas no Paquistão. Os paquistaneses dizem que não dão apoio algum ao Taleban.
Após a invasão do Afeganistão em 2001, liderada pelos EUA, centenas de combatentes da Al-Qaeda e do Taleban fugiram para o Paquistão. As informações são da Dow Jones.
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