A polícia da Líbia prendeu ontem dois soldados do país acusados de sequestrar e estuprar três ativistas britânicas de origem paquistanesa que foram capturadas em um posto de controle próximo a Benghazi na última quarta-feira.
Segundo o Ministério da Defesa, as britânicas faziam parte de uma caravana que viajava do Marrocos à faixa de Gaza. As ativistas tentaram passar pela fronteira da Líbia com o Egito, mas foram impedidas pelos agentes migratórios egípcios.
Quando voltavam a Benghazi para pegar um voo de volta ao Reino Unido, elas foram paradas em um posto de controle por cinco militares. O ministério informa que as ativistas ficaram presas por horas, durante as quais dizem que foram estupradas pelos soldados.
Após o suposto estupro, elas foram soltas e levadas para o consulado da Turquia em Benghazi, onde se encontraram com diplomatas britânicos.
O porta-voz do ministério da pasta, Abdul Salam Barghathi, disse que o comportamento dos soldados era "um ato individual e isolado". Ele disse que a polícia investiga a ação e continua as buscas pelos outros três suspeitos da ação, que estão foragidos.
Investigação
Em entrevista à rede britânica de televisão BBC, o embaixador do Reino Unido em Trípoli, Michael Aron, confirmou que as autoridades líbias investigam o incidente, que chamou de horrível. Ele informou que as ativistas já voltaram ao Reino Unido.
A emissora disse também que os imãs das mesquitas líbias comentaram o incidente durante as orações da sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.