Forças norte-americanas à procura de militantes da Al Qaeda invadiram a casa de um importante líder religioso sunita no Iraque neste sábado, prendendo ele e outros quatro suspeitos de terrorismo, anunciou o Exército dos Estados Unidos. Os militares norte-americanos disseram que não sabiam de antemão que se tratava da casa do xeique Jamal Abdel Karim al-Dabaan e que já o libertaram.

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A detenção de Dabaan provocou a fúria dos sunitas iraquianos. O Partido Islâmico Iraquiano, cujo líder é um dos vice-presidentes do país, condenou a medida e muitas autoridades do governo na província de Salahaddin entraram em greve em protesto, segundo o vice-governador local.

O Exército norte-americano afirma ter agido após receber informações dos serviços de inteligência obtidas depois da morte do líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, durante um bombardeio no dia 7 de junho. Dabaan é um alto mufti, uma importante autoridade muçulmana, respeitado pela maioria da comunidade islâmica sunita no Iraque (que é minoria do país mas era dominante nos anos do regime de Saddam Hussein).

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A sua prisão ocorre um dia antes de o primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, apresentar um plano nacional de reconciliação com o objetivo de encerrar as tensões entre as comunidades iraquianas e acabar com a insurgência sunita. Uma fonte de segurança iraquiana no centro de coordenação entre os Estados Unidos e o Iraque em Tikrit disse que Dabaan foi preso junto com seus dois filhos.

O Partido Islâmico Iraquiano afirmou que outro líder religioso que estava hospedado na casa de Dabaan, xeique Abdalilah al-Hiti, também foi detido.

Segundo o Exército norte-americano, um dos suspeitos presos estava "diretamente associado com vários membros do alto escalão da Al Qaeda em Baquba e Tikrit''. Na versão norte-americana, os soldados foram recebidos a tiros ao chegar na casa do xeque, mas conseguiram controlar a situação e levar os suspeitos, que tinha cinco fuzis Ak-47, 13 pentes de balas para os fuzis e duas pistolas.

Após a libertaçao de Dabaan, os militares dos Estados Unidos não mencionaram nada sobre seus filhos ou sobre Hiti.

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