ZANZIBAR, Tanzânia - Soldados dispararam e lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra opositores durante um confronto perto de um posto eleitoral na cidade histórica de pedra de Zanzibar, neste domingo, de acordo com testemunhas.
Os soldados intervieram quando opositores reagiram com indignação à chegada de dezenas de partidários do governo em veículos guiados pelos militares, disse uma testemunha.
Os militares perseguiram os opositores. Jornalistas estrangeiros e alguns observadores internacionais que acompanham a votaram testemunharam o confronto.
- A Frente Cívica Unida (CUF) está trazendo o caos. Não permitiremos isso - disse um soldado referido ao grupo opositor.
Cerca de metade do um milhão de habitantes do arquipélago semi-autônomo de Zanzibar, na Tanzânia, está habilitado a votar nas eleições, que vão escolher um presidente e um parlamento regionais. Mas as eleições são marcadas por crescentes temores de violência política entre partidários do CUF e de Chama Cha Mapinduzi (CCM), ou Partido da Revolução na língua swahili, no poder desde a revolução de 1964.
Orgulhosos de suas raízes na revolta dos trabalhadores africanos contra uma elite árabe governante, o governista CCM domina há mais de quatro décadas a política na Tanzânia continental e em Zanzibar. Mas as eleições desse domingo a oposição representam um grande desafio.
O CUF, que perdeu as últimas eleições, de 1995 e de 2000, marcadas por acusações de fraude eleitoral do CCM de Zanzibar, .manifestou confiança na vitória neste domingo, mas prometeu lançar uma "revolução à la Ucrânia" se desconfiar de fraude na votação.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura