Cinco soldados dos Estados Unidos foram mortos no Iraque durante o fim de semana, disse o Exército nesta segunda-feira, elevando para mais de 100 o total de norte-americanos mortos neste mês, um dos mais letais para as forças dos EUA desde o começo da guerra.
O índice aumentará a pressão sobre o presidente George W. Bush, que enfrenta um plano dos democratas para estabelecer um prazo para a retirada das forças dos EUA do Iraque.
Bush prometeu vetar uma lei democrata sobre gastos da guerra que exige o início da retirada dos soldados até 1 de outubro. O Congresso controlado por democratas planeja mandar a lei para Bush nesta terça-feira.
Os militares dos EUA disseram que três soldados e um intérprete iraquiano foram mortos na explosão de uma bomba detonada na margem de uma estrada no leste de Bagdá no domingo. Um marine foi morto na província de Anbar no domingo e outro soldado foi morto por tiros de armas leves no leste de Bagdá, no sábado.
Forças dos EUA e iraquianas lançaram uma grande ação de segurança em Bagdá em meados de fevereiro, considerada a última tentativa de evitar que o Iraque entre em guerra civil total entre a maioria xiita e a minoria sunita.
Comandantes norte-americanos admitem que a ofensiva, com milhares de soldados a mais nas ruas, aumentou o risco de vítimas militares.
Antes dos anúncio das últimas mortes, o site independente icasualties.org disse que o número de soldados dos EUA mortos no Iraque em abril chegou a 99. Metade deles foram mortos em Bagdá e nos arredores da capital.
Mais de 3.330 soldados dos EUA e dezenas de milhares de iraquianos morreram desde a invasão liderada pelos norte-americanos, em 2003.
Em novo caso de violência, oito homens armados foram mortos em uma operação conjunta dos EUA e do Iraque em Bagdá no domingo. Algumas testemunhas disseram que houve confronto com milicianos do Exército Mehdi, do clérigo xiita antiamericano Moqtada al-Sadr.
O Exército dos EUA disse em comunicado que um soldado iraquiano morreu no incidente no distrito xiita de Kadhimiya. Os militares negaram os relatos de que soldados entraram em uma mesquita e em um escritório de Sadr.
O comunicado não forneceu a afiliação dos homens armados mortos, mas algumas testemunhas disseram que eram do Exército Mehdi. O texto também não afirma se tropas dos EUA participaram do tiroteio.
Se os homens armados forem mesmo do Exército Mehdi, terá sido o combate mais pesado entre forças dos EUA e a milícia em Bagdá desde o início da ação de segurança.
Nesta segunda-feira foi iniciada uma investigação para decidir se um oficial do Exército dos EUA acusado de "ajudar o inimigo" quando administrava um centro de detenção norte-americano no Iraque deve enfrentar corte marcial.
O tenente-coronel William Steele, comandante da 451a Divisão de Polícia Militar, administrou a detenção de Camp Cropper, perto do aeroporto internacional de Bagdá, onde foram mantidos insurgentes e ex-assessores de Saddam Hussein.
Ele é acusado de ter feito amizade com a filha de um dos detidos, de relação irregular com um tradutor, de ter fornecido telefones celulares a prisioneiros, de posse de informação secreta sem autorização e de manter vídeos pornográficos.
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