Os sete policiais e soldados egípcios sequestrados na última semana por um grupo armado no Sinai foram libertados nesta quarta-feira (22) no norte desta península, afirmou uma fonte dos serviços de segurança.
De acordo com a fonte, os reféns foram encontrados no deserto do Sinai, depois que seus sequestradores os libertassem para evitar que o Exército lançasse uma operação militar no local.
Os policiais e soldados foram encontrados por um helicóptero militar que sobrevoava a área em sua busca de sinais que pudessem indicar a presença dos mesmos.
No entanto, segundo a imprensa local, a libertação dos soldados ocorreu graças às negociações desenvolvidas por representantes dos serviços de segurança e xeques beduínos na região.
Após a libertação, os reféns foram transferidos ao Cairo, onde foram recebidos pelo presidente Mohammed Mursi e pelo ministro da Defesa, Abdelfatah al Sisi.
Enquanto isso, na passagem fronteiriça de Rafah, entre o Sinai e a faixa palestina de Gaza, os guardas que mantinham o cruzamento fechado em protesto pelo sequestro decidiram reabri-lo.
As Forças Armadas estavam preparando uma operação terrestre no Sinai para libertar os agentes sequestrados. O ministro egípcio do Interior, Mohammed Ibrahim, informou ontem que uns 100 grupos das forças paramilitares da Segurança Central e 30 veículos blindados tinham sido destinados às regiões "mais críticas" do norte do Sinai, as quais estão situadas a 20 quilômetros entre as localidades de Al Arish, Rafah e Sheikh Zawed.
Ali se encontravam, segundo Ibrahim, mais de 500 "jihadistas", supostos integrantes de organizações terroristas e que estão repartidos em mais de 30 focos.
O ministro revelou que o sequestro foi planejado há dois meses, depois que o xeque Hamada Abu Shita, dirigente da corrente salafista "Al Tawhid wal Jihad" (Monoteísmo e Guerra Santa), protagonizasse uma briga com um oficial da prisão cairota na qual está preso.
A libertação de Abu Shita e outros "presos políticos" do Sinai era uma das principais reivindicações dos sequestradores, que Ibrahim considerou "impossíveis de serem respondidas".
Desde a revolução que derrubou ao regime Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, inúmeros sequestros de estrangeiros e ataques contra as forças de segurança no Sinai foram registrados.
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