Mogadiscio As tropas da Somália, ajudadas por soldados etíopes, avançavam ontem rumo à capital somali, Mogadiscio, no que parecia ser o enfraquecimento da União das Cortes Islâmicas, milícia que controla parte do país.
O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, afirmou que havia entre mil mortos e 3 mil feridos nos combates. "Alguns são somalis, mas um número muito significativo deles não são", afirmou Zenawi, referindo-se aos combatentes islâmicos estrangeiros que estariam envolvidos no confronto. Os islâmicos garantem ter matado centenas de adversários, mas não há confirmação independente das vítimas do conflito.
O premier etíope garantiu que suas tropas já terminaram "quase a metade" da missão no país vizinho. Há, segundo ele, entre 3 mil e 4 mil soldados etíopes na Somália. As Nações Unidas estimaram em oito mil os soldados do país vizinho em território somali.
As tropas etíopes e do governo estão a uma distância de 70 quilômetros da capital, Mogadiscio, segundo informações oficiais. O governo somali afirmou que pode tomar a cidade em 24 ou 48 horas. Abdi Kafi, um porta-voz da milícia islâmica, disse que qualquer tentativa de capturar Mogadiscio "seria a destruição" dos adversários.
O xeque Sharif Sheik Ahmed, dirigente do grupo islâmico, disse que houve uma "retirada tática" de suas tropas. Amed alertou para uma "nova etapa" da guerra, que poderia ser estendida para o território da Etiópia.
O porta-voz do governo, Abdirahman Dinari, ofereceu anistia aos guerrilheiros islâmicos que deponham suas armas. "Exortamos à União das Cortes Islâmicas que se rendam ao governo antes que sejam castigadas."
O governo dos EUA acusa a União das Cortes Islâmicas de abrigar membros da organização terrorista Al Qaeda, o que as cortes negam.
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