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Soldados israelenses mataram um palestino de 65 anos em sua cama nesta sexta-feira durante uma operação antes da madrugada para prender um suspeito de pertencer ao Hamas que vivia no mesmo prédio. O Exército de Israel admitiu que foi um erro.

O homem foi atingido por um tiro quando os soldados revistavam casas na Cisjordânia ocupada para prender cinco membros do grupo islâmico Hamas que haviam sido libertados de prisões palestinas um dia antes.

Durante a operação eles invadiram a casa de Amr Qawasme, um andar acima da residência do militante do Hamas, e entraram à força em seu quarto, disseram moradores. A mulher de Qawasme, Sobheye, disse ter ouvido vários disparos e depois viu o marido em meio a uma poça de sangue.

"Eu estava rezando quando eles entraram. Não sei como abriram a porta. Eles puseram a mão na minha boca e um fuzil contra a minha cabeça", disse ela à Reuters, depois que o corpo de Qawasme foi removido.

"Fiquei chocada. Eles não me permitiram falar. Perguntei: 'O que vocês fizeram?'. Eles me disseram para calar a boca.'"

Imagens da TV da Reuters mostram que Qawasme levou tiros na cabeça e corpo. Cápsulas de bala ficaram espalhadas pelo chão do quarto, e seu travesseiro e colchão estavam banhados em sangue.

Um comunicado do Exército de Israel afirmou que os soldados que iam prender Wael Mahmoud Said Bitar tinham matado um homem na casa durante a operação. Segundo os militares, o militante procurado ajudou no planejamento de um atentado suicida em 2008, no qual morreu uma mulher israelense.

"As Forças de Defesa de Israel lamentam o resultado do incidente", disseram. Foi ordenada uma investigação e as conclusões são esperadas para a semana que vem.

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