Soldados do governo da Somália em uma picape mataram pelo menos quatro civis ao abrir fogo contra centenas de pessoas que participavam de uma manifestação pela paz na capital do país, disseram funcionários hoje. O vice-prefeito de Mogadiscio, Warsame Mohamed Jodah, condenou o ataque e afirmou que o evento havia sido organizado pela prefeitura, a fim de promover a paz.

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Ali Muse, chefe do serviço de ambulâncias de Mogadiscio, afirmou que sua equipe recolheu quatro corpos. Ainda segundo Muse, 17 pessoas ficaram feridas. Os moradores de Mogadiscio acusam há tempos soldados do frágil governo de perturbar as pessoas e por homicídios. A maioria dos soldados pertencia a milícias e mostra pouca disciplina.

O incidente de hoje ocorre um dia após a organização pelos direitos humanos Human Rights Watch pedir que as Nações Unidas estabeleçam uma comissão para investigar crimes cometidos na Somália. A nação do Chifre da África sofre com a violência desde 1991, quando senhores de guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e então passaram a lutar entre si.

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Milhares de civis foram mortos em Mogadiscio - o epicentro do caos no país - e grupos pelos direitos humanos repetidamente lamentam a falta de esforços sérios para responsabilizar os culpados. "O mundo já ignorou por muito tempo o custo espantoso para os civis do confronto em Mogadiscio", disse Rona Peligal, vice-diretora do Human Rights Watch para a África. "Uma comissão internacional de investigação é urgentemente necessária para investigar os crimes cometidos na Somália por todos os lados."

O grupo afirma que os moradores da capital disseram que estavam presos em meio às táticas de "bater e correr" dos grupos insurgentes e de ataques indiscriminados dos mantenedores de paz da União Africana e de forças do governo. As informações são da Associated Press.