Mogadíscio Soldados somalis e seus aliados etíopes ampliaram ontem sua busca por armas, realizada de casa em casa, enquanto o governo da Somália luta para impor sua autoridade sobre uma nação que, durante 15 anos, tem conhecido pouca coisa além da guerra entre clãs e do caos.
O porta-voz do governo, Abdirahman Dinari, disse que a busca estava ocorrendo em vários bairros, mas se recusou a comentar sobre o número de armas que já foram confiscadas até agora, afirmando tratar-se de um segredo militar.
No sábado, os soldados estavam fazendo buscas nas casas perto do principal aeroporto de Mogadíscio. "O plano de desarmamento do governo é uma forma de estabilizar o país", disse Dinari.
O plano de livrar a cidade de Mogadíscio de armas tem muita importância nesta capital, que está imersa em armas depois de mais de uma década na anarquia.
No mês passado, o governo, com a ajuda dos militares enviados pela Etiópia, expulsou uma milícia islâmica que havia controlado grande parte do sul da Somália desde o verão.
No sábado, o Parlamento somali autorizou o governo a decretar estados de emergência por até três meses, nesta nação do Chifre da África de 7 milhões de habitantes. Cento e cinqüenta e quatro deputados votaram a favor de que o governo imponha a lei marcial. Dois votaram contra.
Os demais componentes do Parlamento, que tem 275 deputados, não estavam presentes na sessão. Ainda não se sabe quando o presidente Abdullahi Yusuf vai assinar o decreto impondo a lei marcial.