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Militares se posicionaram próximos a manifestantes. Os confrontos na capital tailandesa deixaram mortos e dezenas de feridos | Reuters
Militares se posicionaram próximos a manifestantes. Os confrontos na capital tailandesa deixaram mortos e dezenas de feridos| Foto: Reuters

Um grande número de soldados tailandeses e veículos blindados se posicionou nas primeiras horas de quarta-feira (horário local) perto da entrada de um acampamento fortificado de manifestantes antigoverno em Bangcoc, o que pode ser o início de uma operação para dispersar o movimento, disseram testemunhas da Reuters.

Um líder dos manifestantes disse a seus seguidores para lutar contra o Exército, afirmando temer uma iminente ofensiva contra o local do protesto ocupado por milhares no coração do distrito comercial de Bangcoc por mais de seis semanas.

O Exército tailandês pedia aos manifestantes por alto-falantes que deixassem o local imediatamente, segundo testemunhas da Reuters. A televisão tailandesa reportou que tiros foram ouvidos naquela área.

Guardas dos manifestantes foram vistos atirando querosene na principal barricada, um muro de três metros de altura, enquanto ao menos duas dezenas de veículos blindados se aproximavam do acampamento.

"Estamos pedindo a todos que estejam prontos para um confronto porque veículos blindados estão começando a se movimentar (em direção à área)", afirmou à Reuters Nattawut Saikua.

Algumas tropas estavam a 200 metros de distância da barricada dos manifestantes, disse um fotógrafo da Reuters. Ao menos quatro caminhonetes que levavam soldados também chegaram à região.

Cerca de 3 mil dos manifestantes, de maioria rural ou pobre, que apoiam o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, seguem acampados no distrito financeiro e diplomático de Bangcoc e se recusam a deixar o local.

Representantes de várias embaixadas, inclusive a brasileira, estão impossibilitados de acessar os prédios. O Itamaraty informou, em nota, que os diplomatas brasileiros têm acompanhado a situação e "mantido permanente contato" com a comunidade brasileira na cidade.

Os manifestantes acusam o premiê Abhisit Vejjajiva de não ter um mandato popular após chegar ao cargo em uma polêmica eleição parlamentar em 2008 com o apoio dos militares, e exigem eleições imediatas.

Soldados formaram um cordão em torno do local do protesto, uma "cidade de tendas", paralisando o coração de Bangcoc. Centenas de mulheres e crianças se refugiam em um templo dentro da área da manifestação.

O vice-primeiro-ministro, Suthep Thuagsuban, disse que invadir a área deveria ser "uma última alternativa".

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