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Fome

Somália terá ajuda de US$ 500 milhões

Somalis esperam entrega de alimentos pela ONU em campo de refugiados em Mogadíscio | Mustafa Abdi/AFP
Somalis esperam entrega de alimentos pela ONU em campo de refugiados em Mogadíscio (Foto: Mustafa Abdi/AFP)

O Banco Mundial destinará US$ 500 milhões à crise de fome no Chifre da África, que se somam aos US$ 12 milhões que já haviam sido colocados à disposição da região.O anúncio de ontem vem junto com a reunião urgente sobre o as­­sunto do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), realizada em Roma.

Em nota, o Banco Mundial alertou que "é importante para os países do Chifre da África que se preparem para as secas que voltarão a se repetir devido aos efeitos das mudanças climáticas".

Durante a reunião, o diretor geral do FAO, Jacques Diouf, afirmou que a seca na região provocou uma "situação catastrófica que exige uma ajuda internacional massiva e urgente". Segundo ele, são necessários US$ 1,6 bilhão de dólares nos próximos 12 meses para combater a fome nos países afetados. A ponte aérea para proporcionar ajuda alimentar à população do Chifre da África afetada por uma grave seca começará na terça-feira.

Os aviões com a ajuda alimentar chegarão a Mogadício; à cidade etíope de Dolo, que fica na fronteira com a Somália; e a Wajir, no norte do Quênia.

Entre os países mais prejudicados pela crise está a Somália, onde a ONU declarou na semana passada estado de fome em duas regiões do sul do país, Bakool e Baixa Sha­­belle, algo inédito nos últimos 20 anos.

O vice-presidente do país, Mo­­hamed Ibrahim, pediu à comunidade internacional durante o evento que se abram corredores humanitários para transportar alimentos à população.

Ibrahim disse que as pessoas estão "desesperadas" e requisitou que sejam aumentadas as ajudas ao país.

O vice-presidente criticou ainda "todos aqueles" que não permitiram durante muito tempo a chegada de alimentos às zonas mais afetadas, em re­­ferência ao grupo radical islâmico Al Shahad, vinculado à rede terrorista Al-Qaeda, controlador de grande parte do sul da Somália.

O grupo segue sem autorizar que as Nações Unidas le­­vam ajuda à população, argumentando que a declaração do estado de crise de fome é uma "propaganda".

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