Em visita à Guatemala, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, admitiu nesta sexta-feira que os Estados Unidos são "parte do problema" do combate ao narcotráfico na América Latina, uma vez que consomem a maior parte da droga produzida na região.

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"Sabemos que somos parte do problema", afirmou Hillary, na capital guatemalteca. O discurso corrobora a posição adotada pelo presidente americano, Barack Obama, desde o início de seu mandato.

Em visita ao México, logo após assumir o poder, no ano passado, Obama admitiu que em vez de apenas cobrar resultados de países latino-americanos na luta contra o tráfico de drogas, como fazia a administração anterior, os EUA nos próximos anos também deveriam fortalecer suas políticas para prevenir e reduzir o consumo dessas substâncias ilícitas.

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Para Hillary, a visita à Guatemala encerrou um giro pela América Latina, que incluiu a passagem por outros cinco países: Uruguai, Chile, Brasil, Argentina e Costa Rica.

A chefe da diplomacia dos EUA reuniu-se com o presidente guatemalteco, Álvaro Colom, na tarde de hoje e tinha previsto também conversar com líderes de El Salvador, da República Dominicana, de Belize e do Panamá. Um representante da Nicarágua também poderia participar do encontro, mas sua presença não foi confirmada.

O assunto principal tratado nas reuniões foi mesmo a guerra às drogas. Hillary prometeu a Colom a aumentar a ajuda para combater o problema na América Central.

"A segurança é nosso objetivo principal, por isso por meio da Iniciativa de Segurança Regional Centro-americana (CARSI, na sigla em inglês) combateremos o crime organizado, quadrilhas transnacionais e o tráfico", disse Hillary, em uma entrevista coletiva.

Segundo a chanceler americana, é necessário apoiar mais a América Central nesse tema porque o combate às drogas no México e na Colômbia fez parte do tráfico e da violência antes mais restritos a esses dois países se dispersarem pela região.

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Na terça-feira, o chefe da Polícia Nacional da Guatemala, Baltazar González, e a diretora da unidade de combate ao narcotráfico, Nelly Bonilla, foram detidos sob suspeita de envolvimento no roubo de um carregamento de cocaína que resultou na morte de cinco agentes de segurança guatemaltecos. González é o segundo chefe da polícia do país a ser afastado por causa da suspeita de vínculos com o narcotráfico em um ano. As