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A Lua tem uma história mais complexa do que se pensava, com pelo menos nove camadas de subsolo, mostraram resultados de um radar de penetração no solo a bordo da sonda lunar chinesa Yutu, disseram cientistas nesta quinta-feira (12). Os investigadores suspeitam que as camadas se devem a fluxos antigos de lava intercalados com camadas de solo lunar, conhecido como regolito, que é formado pela erosão de rochas e pedras.

A espaçonave chinesa Chang’e-3 pousou na Lua em dezembro de 2013 e despachou a sonda Yutu, ou “Jade Rabbit”, para um estudo independente do local de pouso. Após vasculhar 114 metros na superfície, a Yutu parou perto de uma cratera relativamente nova a sudoeste do local de pouso numa região conhecida como Mare Imbrium.

Em comparação aos locais de pouso da Apollo, da Nasa, de 1969 a 1972, e outros lugares visitados por sondas da era soviética, a área nordeste da base Imbrium é mais jovem, com estruturas subsuperficiais complexas, escreveu o pesquisador-chefe da Universidade de Geociências da China, Long Xiao, num artigo publicado na edição desta semana da revista Science. “Há uma história geológica mais complexa do que pensávamos”, escreveram os cientistas.

Os primeiros resultados da missão sugerem que erupções de lava preencheram a bacia Imbrium pelo menos cinco vezes, formando camadas de rocha basáltica cerca de 1 quilômetro de profundidade. O radar da sonda Yutu detectou cinco camadas de lava distintas dentro dos 400 metros a partir da superfície da Lua. “É muito provável que mais episódios de erupções vulcânicas tenham preenchido a bacia em profundidades maiores”, disseram os cientistas. Os resultados são o primeiro olhar detalhado sobre a subsuperfície da Lua. “As missões da Apollo perfuraram o regolito até apenas 3 metros”, escreveu Xiao em e-mail.

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